BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS »

domingo, 4 de agosto de 2013

Conhece o Ramake? Não? Nem eu! Mas a Folha conhece...


quarta-feira, 31 de julho de 2013

Burrice

Sempre fui um iconoclasta. O nome deste blog é uma prova disso.

Mas acontece que eu também sou - veja você - ser humano, e como tal, possuo uma faculdade racional que me permite enxergar os limites das coisas. E você, suponho, compartilha da mesma faculdade.
Isso nos diferencia dos cachorros, por exemplo, quando vemos que não é uma boa ideia sair latindo atrás de carros em movimento. Tivesse o cachorro uma noção de limites, veríamos menos nossos amigões mortos no asfalto. Nem mesmo o seu instinto o salva.

Acho que, darwinianamente falando, a espécie humana é muito apta sobreviver no meio porque demonstra ter noção dos seus limites e se auto-impinge barreiras para sua própria sobrevivência.

Só que essa característica não se vê em todos. Uma parcela pequena carrega em sua formação genética características de total falta de noção de limites e colocam, dessa forma, a sua vida física e social em constante perigo.

Pra ilustrar bem a coisa, coloque nessa sopa os malucos que arriscam suas vidas andando a 180km por hora numa via expressa, fazem ultrapassagens perigosas e irresponsáveis, bebem até estourar o fígado e depois dirigem, andam de moto sem capacete, saltam de paraquedas (sim, isso, na minha concepção, é uma atitude idiota, mas enfim) nadam em locais com quatrocentos avisos que tem repuxo ou tubarões, etc.

A total falta de limites também se vê em atitudes antissociais como as que vimos por parte de um grupo na Marcha das Vadias semana passada.
A primeira vez que ocorreu essa manifestação eu achei justificada. Como resposta a algum idiota que teria dito que a mulher só é estuprada porque sai às ruas vestida de vadia. Aliás, resposta melhor pra uma bobagem dessas não poderia ter havido.

Só que a coisa - como sempre - acaba por cair no lugar comum ao se repetir sem um motivo aparente.
Quem acompanha esse blog, ou me conhece pessoalmente, sabe que sou ateu e sempre advoguei pela total separação de igreja e estado. Cago e ando pra qualquer crucifixo, imagem ou símbolo religioso.

Porém, não acho que isso me dá o direito ao desrespeito. Eu não acho que a atitude daqueles panacas na Marcha das Vadias no Rio, ao mesmo tempo do congresso católico, foi uma boa ideia. Não entendo como pode ser pretendente de conseguir respeito um grupo de pessoas nuas irem às ruas (com os rostos tapados, claro) quebrarem imagens de santos e simularem masturbação com crucifixos.

Isso choca e provoca nojo ao invés de conseguir simpatia à causa. Isso é burrice. É como os médicos fazendo greve não atendendo àqueles que mais sofrem com o problema da saúde no Brasil, ou como os rodoviários não saindo das garagens deixando milhares de trabalhadores desassistidos. 

Por mais que eu esteja cagando pra qualquer imagem e simbologia religioso, por mais que eu ache que a igreja católica é nefasta quando demoniza a camisinha, o aborto e os relacionamentos homo-afetivos e adoção de crianças por casais gays, a atitude dessa gente em meio a senhoras e crianças que estavam por perto para acompanhar e praticar a sua fé foi um belo tiro no pé.

Quando eu vejo aquele tipo de cena eu penso em meus pais, que são pessoas a quem tais símbolos são caros. Isso provocaria neles mais revolta e nojo do que qualquer tentativa de parar para pensar na mensagem que eles estariam passando. E aí, ora bolas, a coisa acaba sendo absolutamente inútil e sem sentido.

Tivessem essas pessoas se limitado a erguer seus cartazes com suas mensagens de forma pacífica e menos abjeta, tenho certeza que teriam suas ideias alcançado de forma mais limpa e objetiva os olhos de quem por lá passava.

O que resultou foi que a pantomima agressiva do grupo ofuscou qualquer tentativa legítima de passar uma mensagem procedente adiante e fazer as pessoas pensarem e avaliarem o que defendiam. A sua total falta de limites ou noção de limites transformou o que poderia ser uma oportunidade de serem ouvidos num ritual grotesco e antipático, para dizer o mínimo. 
Ou seja, muito obrigado por deturpar totalmente uma revindicação correta pelo laicismo. Vocês conseguiram jogar isso no lixo.

Apenas tenho a lamentar que alguns autoproclamados livre-pensadores e humanistas estão se tornando uma gente que não tem limite algum para sua agenda. Em breve eles acabarão virando uma caricatura de si mesmos.

Se já não viraram.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vendetta

Personalize funny videos at Bombay TV by Graphéine - Graphiste Lyon

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A Decisão

Personalize funny videos at Bombay TV by Graphéine - Agence de design

domingo, 16 de junho de 2013

Coisas da Vida


Personalize funny videos at Bombay TV by Graphéine - Agence publicite

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Na Folha on Line, "pessas" de teatro em cartaz em São Paulo enchem o português de orgúio!


segunda-feira, 25 de março de 2013

O Perigo do Discurso Raso.

Oi. Faz tempo que não apareço aqui. Mas eu preciso falar.

Todos os dias vemos um crescendo no movimento dos ciclistas em prol de uma sociedade com menos carros e mais bicicletas.
Eu não tenho problema nenhum com ciclistas, mas eu tenho com discursos dicotômicos. E isso "só" porque eu entendo que esse tipo de retórica é injusta. Quando você resume uma coisa na base do preto no branco, é porque alguma coisa está errada.

Vejamos, bicicleta é legal. Concordo. É bom para a sua saúde e é divertido. Ponto. Este é o único ponto que eu e os ciclistas concordamos.

O problema é quando um resolve falar em nome da "categoria" e demoniza os veículos automotores. Por quê? Ora, por quê! Porque "poluem, entopem as ruas e - evidentemente - atropelam ciclistas".

Aí a cereja do bolo é quando os ciclistas exigem que as pessoas deixem seus carros nas garagens e passem a ir pro trabalho de bicicleta.
Viu como é fácil? Que maravilha que alguém tinha a solução do problema do trânsito pesado, poluição e mortes no trânsito e nunca pensei nisso.

Só que não é bem assim, amigo. Vamos levar em conta que as pessoas têm trabalhos diferentes? Sim! Eu, por exemplo, tenho um trabalho cuja natureza não permite que eu use bicicleta. Detalhes como agenda apertada e boa apresentação (leia-se, não feder a suor) inviabilizam a minha troca do carro por esse meio de transporte. E olha que quem tá falando aqui gasta muito em gasolina por mês. Quisera eu poder migrar pra um transporte que me aliviasse o bolso e a cintura, porque eu to bem acima do peso.

Mas não posso! Não dá! Então o que é preciso, é que haja consciência de ambas as partes. Dos motoristas para terem maior cuidado nas ruas e não sair atropelando ciclistas e dos ciclistas para não andarem numa via importante de uma grande cidade como se estivesse indo comprar pão na padaria da praia.

Esses dias eu quase peguei em cheio um ciclista que vinha na contramão da Av Ipiranga aqui em Porto Alegre. Uma via muito complicada e uma das principais avenidas da cidade.

Eu tive que parar o carro num posto, sair e tomar ar, pois chegou a me dar taquicardia. Se eu bato no cara - e ele acaba por morrer - sabe o que aconteceria? Certamente eu seria alvo de dedos apontando para o "maldito motorista" e ninguém estaria preocupado em saber a minha versão. A de que o cara simplesmente adentrou a via na contramão. Daquele momento, até eu provar o que realmente aconteceu, é bem capaz de minha foto estampando campanha contra a minha pessoa e os carros já estariam inundando o Facebook. Já era!

Isso vem desse discurso raivoso e dicotômico que alguns - não todos - adeptos do ciclismo têm destilado na rede e em meios de comunicação.

O respeito tem que ser mútuo e sem ideologia. Vamos deixar de lado o discurso raso e vamos nos concentrar no que é importante, que é todos termos consciência do nosso espaço no trânsito e respeitar o próximo. Estando ele numa bicicleta ou num carro.