Assim, tem um senso comum que dita que queimar um livro é um crime.
Quero discordar.
Eu acho que queimar um livro é um ato idiota, mas não um crime. Crime seria queimar uma pessoa viva.
Da mesma forma, crime seria caso algumas pessoas adentrassem uma livraria, ou uma biblioteca, com tacapes e tochas bradando gritos de ordem, e, por exemplo, tomassem todos os livros que defendessem a Evolução da Espécie e os queimassem em nome de Jesus numa fogueira no estacionamento. O crime estaria em roubar e destruir bens alheios. E o ato idiota é o de negar o evolucionismo.
Se você comprar um livro sobre evolucionismo e queimá-lo logo após lê-lo, é um problema seu. Você tem todo o direito de fazer o que quiser com o bem que comprou, desde que não prejudique outras pessoas. Mas mesmo não sendo crime, eu acho um ato idiota.
Tão idiota quanto queimar alcorão, como noticia-se ter acontecido numa base americana no Afeganistão.
Agora, pior que tudo isso, é você ser ameaçado de morte porque queimou seja qual livro for! Sabe qual a atitude de um cientista que vê a Origem das Espécies de Darwin queimado por algum religioso mais linha dura?
Um bocejo.
A atitude dos muçulmanos ao ver o seu livro religioso sendo queimado é matar quem o fez.
Portanto, por mais que estejamos suscetíveis a cair na tentação de dizer: "também, por que foram provocar?", vamos refletir se não há ainda algo muito pior do que isso, que é não poder queimar um livro porque pode-se ser assassinado por isso.
Dizer que os soldados estão merecendo os ataques por terem queimado cópias do corão numa região cheia de fanáticos é como dizer que toda mulher que sai de minissaia numa região que tem tarados tem mais é que ser estuprada.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Queimando Livros
Postado por Paraguaçú Schneidermann às 11:39
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