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sábado, 10 de setembro de 2011

Bom dia, Falcatrua!


As grandes maracutaias que ocorrem em nível de Congresso Nacional, ou na Câmara de Vereadores da sua pequena cidade de 30 mil habitantes, são um espelho das pequenas falcatruas que você faz quase que diariamente em sua vida.

Quando você estaciona o carro numa vaga de idosos ou de deficientes porque "vai ser rapidinho", é uma falcatrua. Quando você fura a fila do banco, é uma falcatrua. Quando você passa o sinal fechado, ultrapassa pelo acostamento, pede pro cara do restaurante colocar uns "pilas a mais na notinha", quando faz gato da TV à cabo em seu prédio, quando pede pra algum amigo que está perto do guichê de atendimento numa imensa fila pra pagar o seu boleto, quando vai mancando ao INSS pra fazer perícia e sai andando normal, enfim, é falcatrua!
E eu sei que você se viu, pelo menos, em dois desses eventos.

E pior do que se ver em um desses casos, é ter aquele pensamento de que, como foi com você, aí pode! Pode porque, afinal de contas, você trabalha (como todo mundo), paga impostos (como todo mundo) e aguenta aqueles safados em Brasília (como todo mundo). Mas não se dá conta de que está agindo, em menor escala, como "aqueles safados de Brasília".  Você faz parte de uma massa representada, e muito bem, por aqueles que roubam, desviam, prevaricam e envergonham uma certa parcela da população que, ora vejam, não pratica esses pequenos atos diários de corrupção.

Existe um pensamento errado em nossa sociedade que dita que devemos, via voto, trocar os nossos representantes por gente que presta. Porem, não vejo ninguém dizendo para que nós mesmos comecemos a nos policiar de maneira a diminuir de forma importante essa nossa maldita mania do jeitinho brasileiro. Será que é tão difícil assim perceber que a mudança começa na nossa casa? No nosso trabalho? Na nossa ida ao banco, à farmácia e ao trabalho? É tão complicado entender que, no momento em que nós, como cidadãos, começarmos a agir com mais ética, dando espaço pro outro carro trocar de pista, ou parando diante da faixa de segurança, naturalmente o processo através do qual escolhemos nossos representantes, e eles mesmos, sofrerão uma mudança numa espécie de reação em cadeia?

Em outras palavras, como diabos você espera que um grupo de filhos da puta vai colocar gente que presta pra representá-los?

Caia na real, porra! Comece por você!

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