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sábado, 1 de outubro de 2011

O Jornalismo e o jornalismo

Eu temia um dia ter que dizer isso, mas a qualidade dos programas de televisão aqui no RS está indo de mal a pior.

Qual é a novidade, Fábio? Já sabemos disso há anos!

O problema é que agora está, gradualmente, chegando a uma categoria que eu torcia ainda demorar para ver: o Jornalismo.

Sou viciado em Jornalismo. Gosto de informação. Até hoje não sei por que não cursei uma faculdade de Jornalismo. É, ao meu ver, a profissão mais importante que existe, pois ela é o elo (ops) entre o que ocorre em nossa cidade, país ou mundo e nós. Através dessa nobre profissão somos informados e podemos, a partir daí, formular nosso julgamento, nossas opiniões e também entrar na conversa. Enfim, eu até faço questão de escrever Jornalismo com jota maiúsculo.

Mas infelizmente o espaço reservado para um Jornalismo de boa qualidade está sendo descaradamente diminuído para dar sala ao jornalisminho histérico que vem do centro do país, mais especificamente de São Paulo, e que é liderado por figuras como José Luis Datena.
Na real, esse perfil horrível foi pela primeira vez introduzido na década de 90 pelo finado "Aqui Agora", uma coisa tão bizarra que fez mais sucesso pelo seu perfil mondo cane do que pela seriedade que deve ser empregada em qualquer via que se autodenomine Jornalismo. Naquele programa, para quem não teve o desprazer de ver, desfilavam figuras grotescas como O Homem do Sapato Branco, Gil Gomes e ... Maguila - sim, Maguila era comentarista de política.

De lá pra cá - como não é de se estranhar no Brasil - a porcaria foi se aprimorando e ao longo da década de 90 até hoje os canais de televisão como Band, SBT e Record polvilharam a sua grade com esses programas de perfil apelativo. E não de perfil popular, como querem alguns. Definir essas porcarias como sendo de perfil popular é querer rotular a população do Brasil como um bando de retardados. E, além disso, é querer dar um aspecto de nobreza na intenção dessas emissoras em oferecer o que "o povo quer ver".
O que é uma puta sacanagem, pois é óbvio que uma grande parte da população, dentro de sua limitada erudição, bate palmas pra esse subproduto.
Você não pode esperar que um grupo grande de pessoas que NÃO LÊ não ache esses programas entusiasmantes. Não tem saída! E o pior é que esse tipo de "erudição" fica fomentada pelas bolsas-esmola, mas isso é outro assunto.

Então, meu amigo Jornalista de verdade que sei que está lendo este texto, por favor, o futuro do Jornalismo com jota maiúsculo está nas suas mãos. Salvem-nos enquanto é tempo!






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