- Benção, paaaai?
- Deus te abençoe, meu filho.
Com essa linda peça introdutória o senador José Sarney trava com seu filho uma rápida conversa via telefone onde ele garante que vai mexer os pauzinhos para a nomeação do namorado de Maria Beatriz Sarney, sua neta, para o cargo de acessor parlamentar. Viu que chique?
Isso me lembra O Poderoso Chefão, quando entre beijos e afagos assassinatos, golpes e corrupções eram tramados sem o menor escrúpulo. Com a diferença que ao fundo ouvia-se Henry Mancinni, no caso do Sarney a trilha sonora deve ser reggae maranhense, ou mesmo um xaxado lampiônico, ou de repente um forró.
Eu acho que se é pra ter essa maracutaia toda no Brasil eles poderiam ter mais poesia. Tipo, a morte de Santino no pedágio foi espetacular. Cruel, mas espetacular. A conversa entre Michael Corleone e o Senador Pat Geary em O Poderoso Chefão II também era mais direta e sem frescura:
Michael: e por que eu deveria pagar essa licença a você se o valor está muito maior que o que deveria ser?
Senador: porque eu pretendo extorqui-lo! Eu não gosto de vocês, com seus cabelos lambidos e golas engomadas reinando em meu país!
Micahel: senador, tando eu quanto o senhor fazemos parte da mesma hipocrisia.
Viu que legal? Isso é que é bandido!
Vamos ver ao longo da semana qual será a desculpa que Sarney vai dar. De repente que aquele não era ele, ou que era de fato a sua voz, mas fora montada num golpe baixo dos oposicionistas.
- Valeeeu, paizão!
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Sarneyzisses
Postado por Paraguaçú Schneidermann às 06:16
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2 comentários:
Fábio já inserido nos meios de comunicação RBS, capa do +Canoas. Próximo desafio, ser citado na coluna anti-social do timoneiro, popular coluna do Sony, o cabelereiro.
abraço! filipe_finger
Bah, Filipe! Ando com medo que isso aconteça :o/
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