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sábado, 3 de dezembro de 2011

Nada a ver!

Tá rolando, nem sei desde quando, um vídeo no You Tube de um riquinho na praia de Jurerê Internacional, em Santa Catarina, onde ele aparece rasgando uma nota de 20 reais dizendo que aquilo não é nada. Ele está no meio de mesas com bebidas muito caras e coisas do gênero. Logo após o vídeo aparece cenas de gente morrendo de fome.

O recado é óbvio: enquanto você vê esse imbecil rasgando dinheiro, tem gente morrendo de fome.

E daí?

Me digam qual a diferença entre um imbecilóide rasgar 20 reais de outro que gasta 150 num show de pagode? Ou num baile funk? Ou gasta 1300 pra colocar som no carro? Tudo aquilo que envolve dinheiro - não interessa qual soma -  sendo gasto em algo que eu ou você não gastaríamos consideramos "rasgar dinheiro".

A diferença é o inusitado do cara literalmente rasgar uma nota de 20 reais. Mas no fundo é a mesma merda. Primeiro porque o dinheiro é DELE, e assim sendo, o bobalhão faz com ele o que QUISER. Aliás, não é a mesma coisa, pelo menos ele não tá pagando uma parte pro governo.

To defendendo que se deva rasgar dinheiro? Claro que não, eu to falando é que o fato do cara rasga-lo não aumenta a fome no mundo. E simplesmente porque correlação não significa causalidade! Ele rasgou 20, mas a tua vizinha gastou 2000 numa lipo. Qual a diferença? Você gastou 500 pra ir no Eric Clapton, qual a diferença? Eu gastei 600 pra ver Paul McCartney, vou me matar porque tem gente que não pode comprar pão? Claro que não! Eu lamento muito que tenha gente que não consiga comprar pão, mas eu não posso me sentir culpado por isso!

E se rasgar dinheiro é crime, bem, aí eu posso citar uma porrada de coisas que as pessoas também fazem com o dinheiro e que também é crime. Como, por exemplo, comprar CDs e DVDs piratas. Molhar o bolso do segurança pra deixa entrar na frente de quem tá na fila, comprar aqueles aparelhos de TV à cabo desbloqueados. Preciso elencar mais coisas belas?

Então devagar com o andor! Perder tempo com correlações infrutíferas é exatamente o que não podemos fazer.

Fui!

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