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domingo, 28 de junho de 2009

NEOLIBERALISMOS

"Nunca houve neoliberalismo no Brasil. Isso é uma boçalidade inventada pelo PT, com o apoio de setores da imprensa que não abriam um livro havia uns 40 anos, para satanizar o governo FHC. Ou, então, o neoliberalismo à moda tucana era mais uma das grandezas nativas, como jabuticaba, pororoca e a Escrava Isaura. Neoliberalismo que aumenta, em vez de diminuir, a assistência social do Estado realmente seria coisa única. Neoliberalismo com câmbio fixo, como tínhamos, era a quadratura do círculo das “forças de mercado”; neoliberalismo com quebra de patentes de remédio, então, clama aos céus por reconhecimento… Nunca tinha havido outro no mundo. A privatização de meia-dúzia de estatais e reformas que serviram para deixar o estado um pouquinho menos retrógrado não podem, claro, ser chamadas de “neoliberais”.

E, aqui, é preciso ajustar os termos para esclarecer, então, de vez, o meu neologismo. O “neoliberalismo”, segundo as lentes da esquerda, pregaria exatamente o quê? O Estado mínimo, com a privatização máxima de estatais e desregulação da economia, de sorte que diminuiria drasticamente o papel do estado como árbitro de conflitos e demandas. No máximo, seria um mediador. E olhem lá. Peguemos um exemplo: em vez da CLT, com todas as suas exigências (algumas seriam consideradas bizarrices em qualquer país civilizado), empregado e patrão estabeleceriam a negociação direta. No máximo, haveria a intermediação do sindicato. Quando foi que Isso existiu? A Receita que está aí, arrecadando adoidado para Lula (um pouco menos na crise, mais ainda muito), é obra do governo… FHC! Quem estruturou essa máquina — eficiente, sem dúvida — foi Everardo Maciel. Em nome do “neoliberalismo”? Ora…

FHC, claro, jamais ousou atacar a fiscalização do estado. Aliás, não consta que Ronald Reagan ou Margaret Thatcher o tenham feito. E olhem que esses dois, com efeito, foram “liberais” — “neoliberalismo”, reitero, é linguagem militante, aqui ou lá fora. É por isso que Lula é um “neoneoliberal”: esse ódio ao estado fiscalizador é mais uma contribuição sua à ciência política."


Tirado daqui.

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